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Aluna da EP Raimundo Saraiva Coelho vence "Concurso Redação ENEM: Chego junto, Chego a 1000"

Atualizado: 5 de jan.

Concorrendo com 13.691 candidatos, aluna da EP RSC, Emily Maria, vence Concurso de Redação trazendo, pela primeira vez, o título para a Crede 19, em Juazeiro do Norte.


Por Giovanna Nattália (1° ano DCC 2023)

Foto reprodução do Jornal O Povo - 📸 Samuel Setubal

Emily Maria de Sousa Silva, aluna do 3° ano do curso de Edificações, da EEEP Raimundo Saraiva Coelho conquistou o 1° lugar no "Concurso Redação ENEM: Chego junto, Chego a 1000!", edição 2023, representando a Crede 19 (19° Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação).


O concurso de redação, que está na sua 5° edição, é uma das várias ações do projeto ENEM MIX, promovido anualmente por meio de parceria entre a Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC/CE)  e a Fundação Demócrito Rocha (FDR) para alunos do 3° ano do ensino médio / EJA das escolas públicas.


O objetivo do concurso é fazer com que esses alunos treinem, durante 5 semanas, a escrita da Redação/Enem. Além disso, no final desse ciclo, um dos temas é sorteado para concorrer a prêmios.


Temática sorteada da redação 2023: "Os Impactos da Inteligência Artificial na Educação Brasileira".


O concurso é composto por 3 fases:

1) a escolar - cada escola seleciona 1 aluno vencedor para representá-la na fase seguinte;

Prêmio dessa fase: medalha e menção honrosa;

2) a regional - cada Crede/Sefor (23 no total) seleciona 1 vencedor para a final - Prêmio dessa fase: 1 Smartphone.

3) a estadual - o aluno finalista é premiado com + um notebook, e seu professor com 1 Smartphone. Além de ter matérias destaques nas páginas oficiais da Seduc e d'O Povo.


Na etapa escolar, na EP RSC, os alunos participantes - sob orientação das professoras Gervaní Magalhães e Crystiane Oliveira - debateram os temas propostos no concurso, leram as matérias e inforreportagens do jornal O Povo, para depois produzirem seus textos e enviá-los à plataforma Enem Mix da Fundação Demócrito Rocha para a correção. Dessa forma, a redação escolhida para representar a escola na fase seguinte do concurso, foi aquela que tirou a maior nota, e que teve menos erros graves, com base na nota atribuída pelos avaliadores do site FDR - no caso, foi a produção da aluna Emily Maria.


Já na fase Regional, uma banca de professores avaliadores de redação de cada Crede seleciona a redação de uma das escolas participantes, a qual será sua representante na fase seguinte. Desse modo, o texto vencedor pela Crede 19 foi, mais uma vez, o da EP Raimundo Saraiva Coelho.

Por fim, na terceira e última Etapa - a Fase Estadual - em evento de premiação realizado na sede do Jornal O Povo, em Fortaleza, no último 22 de novembro de 2023, a nossa aluna Emily Maria saiu, mais uma vez, vencedora, desbancando 13.691 redações inscritas nesse tema, segundo a própria Seduc. (Confira a matéria completa aqui)


A redação vencedora (da estudante Emily Maria) - depois de avaliada por uma banca composta por três professores especialistas designados pela FDR - obteve um total de 3 mil pontos, segundo anunciado no próprio evento de premiação, isto é, todos os avaliadores deram a nota máxima à redação vencedora.


Portanto, o prêmio para a estudante finalista é um notebook + um smartphone, e para sua professora orientadora, mais um smartphone.


Veja abaixo, momentos da premiação:




Leia a redação finalista:

Redação de Emily Maria de Sousa Silva, curso de Edificações da EP Raimundo Saraiva Coelho

                                 

TRANSCRIÇÃO COMPLETA DA REDAÇÃO FINALISTA:


     Segundo a “Lei da Inércia”, do cientista inglês Isaac Newton, a tendência dos corpos, quando nenhuma força é exercida sobre eles, é permanecer em estado natural. De maneira análoga, é possível perceber, metaforicamente, que as questões relacionadas aos impactos da Inteligência Artificial na educação do país permanecerão inalteradas enquanto não houver ações efetivas sobre essa temática. Desse modo, é essencial analisar não só as causas do uso inapropriado da IA, por parte dos estudantes, mas também as consequências e as possíveis soluções para essa problemática.


  Sob essa perspectiva, evidencia-se, inicialmente, que a falha das instituições de ensino intensifica o problema, dado que a escola é pautada em um viés conteudista, focada na formação de mão de obra para o mercado de trabalho e, por isso, não aborda a instrução autônoma do sujeito. Nesse sentido, o contato dos estudantes com debates sobre o uso crítico, inteligente e ético das plataformas digitais é precarizado, justamente, pela carência de orientação profissional. Destarte, essa reflexão pode ser confirmada pela “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, na qual denuncia a postura negligente do sistema educativo que valoriza uma vertente tecnicista e não emancipatória do educando, o qual, em razão disso, não aprende como utilizar tais plataformas no auxílio do processo de aprendizagem em disciplinas, como a Biologia, na criação de um sistema humanizado de estruturas ósseas e de outros métodos de adaptação do ensino.


  Por outro lado, é preciso, também, apontar que a utilização inadequada das IA’s nos colégios poderá trazer diversos prejuízos sociais, inclusive o desemprego de professores. Segundo o jornal “O Povo”, o texto “Recomendação sobre Ética da Inteligência Artificial, publicado em 2021 pela UNESCO, orienta que as IA’s devem ser debatidas nas escolas para que haja melhor alfabetização informacional da população. Todavia, o que se observa no cenário escolar atual vai de encontro a esse documento, pois, a medida que o alunado recorre, desenfreadamente, a esses recursos tecnológicos, como o “Chat GPT”, para fazer mecanicamente seus trabalhos acadêmicos, há a preocupação de que, futuramente, esse “aprendizado de máquina” possa gerar um ensino ineficiente e a substituição dos profissionais da educação, sobretudo os docentes. Sendo assim, o uso inconsequente desse método pode afetar alunos, professores ou até mesmo outros profissionais, como os de medicina, pois as consultas médicas são erroneamente feitas por pesquisas na internet.


  Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham diminuir os impactos negativos da inteligência artificial na educação do Brasil. Para isso, cabe ao MEC - órgão responsável pela criação de políticas públicas educacionais - promover a capacitação de professores sobre o uso adequado das IA’s nas escolas. Essa ação deve ser implementada por meio de minicursos, cursos de extensão ou de pós-graduação, a fim de as ferramentas digitais estarem inseridas nas aulas, que serão mais dinâmicas, atrativas e, por sua vez, desenvolverão nos alunos as habilidades necessárias para utilização consciente da internet em trabalhos e pesquisas. Feito isso, a IA tornar-se-á benéfica para os discentes e para os docentes, os quais serão, também, protagonistas no ensino-aprendizagem.


Leia a íntegra das matérias destaques do concurso em:

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